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A indústria brasileira de embalagem produziu o equivalente a R$ 64,3 bilhões em 2016 e obteve uma retração de 4,20% no volume físico de produção. Os dados são do Estudo Macroeconômico da Embalagem da ABRE (Associação Brasileira de Embalagens), sob a chancela do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV).

Este ano, o estudo prevê melhores expectativas a partir do segundo semestre, gerando um tímido, porém importante, crescimento de 0,6% até dezembro. “O ano de 2016 foi de grandes oscilações, devido à crise politica e econômica que afetou não só a confiança dos empresários, como também a dos consumidores, mas ao que tudo indica o pior já passou. A indústria de embalagens, por atender em maior volume o setor de bens de consumo não duráveis, prevê a sua retomada antes de outros setores como o de bens duráveis ou automóveis”, afirma Luciana Pellegrino, diretora executiva da ABRE.

Atender à indústria de bens de consumo não duráveis faz com que a indústria de embalagens sofra menos oscilações que as demais, o que acaba gerando uma determinada estabilidade, porém depende muito do consumo para que haja um crescimento relevante. No terceiro trimestre de 2016, o mercado conseguiu conquistar uma pequena recuperação, porém o fim de ano foi tão decepcionante, que a melhora acabou não se sustentando, o que gerou uma nova queda.

“Apesar de o mercado estar em ritmo lento, o consumidor brasileiro amadureceu o seu padrão de consumo ao longo das últimas décadas e tornou-se mais exigente. E a demanda por produtos e embalagens com maior funcionalidade, incluindo conveniência, portabilidade ou mesmo eficiência no uso e consumo dos produtos, não esmaece num momento de retração econômica, fazendo com que a indústria nacional continue focando em novos desenvolvimentos para atender o mercado. E ao mesmo tempo, buscando aplicar novos recursos tecnológicos para agregar competitividade ao processo produtivo e oferecer produtos mais acessíveis ao momento econômico do país,” completa Luciana.

O Estudo aborda também os números de importações e exportações, índices de confiança da indústria e do consumidor, além do consumo das famílias. Com volume total de US$ 491,53, as exportações tiveram um pequeno acréscimo de 0,91%. Já as Importações ficaram na casa de US$ 491,038, com recuo de 23,91%, com retração em todas as classes de materiais.

Fonte: ABRE